por CARLOS ALBERTO CARVALHO PIRES
Existe uma possível integração alquímica entre a doutrina platônica, que floresceu por volta do século V a.C. e a tradição simbólica maçônica? Para responder a esta intrigante pergunta é preciso abstrair nossas mentes levando-as até a Antigüidade Clássica, na aurora do pensamento filosófico. Assim será possível refletir se, naquele ambiente altamente intelectualizado, as bases de nossa sagrada Ordem teriam eclodido com força e vigor, ao lado da emergente Filosofia. Dessa sacralização teria surgido uma relação de interdependência ontológica entre estas duas escolas, que Platão interpretaria de forma justa em suas obras que atravessam as eras como pilares elementares da estrutura simbólica do universo. Nessa perspectiva inquietante, convidaremos o eminente mestre helênico ao centro de nosso templo. Ali, tal qual nas ágoras de Atenas, ouviremos a exposição de algumas de suas idéias. Ao final vamos deliberar se realmente a Luz Maçônica brilhava com força e vigor em sua mente, contribuindo para a fusão deste amálgama simbólico que tão bem iria sedimentar nossas Colunas e o pensamento humano.